Por Nick Bressan
Viajando pelo trecho da BR 364 Alto Araguaia - Cuiabá na carona de uma carreta Scania 316 fiz umas contas de cabeça e cheguei a uma conclusão: Copa 2014 só se for em Rondonópolis e Cuiabá. Nada contra as cidades, claro, mas quando em viagem, apenas nesse trecho percebi que as obras só começaram em Rondonópolis (30 km antes e 50 km depois da cidade aproximadamente) e em Cuiabá (logo depois da serra de São Vicente, uns 90 km).
O que se percebe é a 'boa intenção' do Governo querendo acelerar as obras, e os operários 'rindo à toa' no jeitinho tipicamente brasileiro de não se preocupar com nada. Mas se por um lado é extremamente delicioso ver o Governo perdendo os cabelos com todo esse atraso, pode-se perceber também que muita gente tem se prejudicado com esse corre-corre.
Edimar, o carreteiro do Scania que muito gentilmente me deu carona, diz que o pior não é o atraso nas estradas - filas enormes de carretas e carros de passeio que param por causa das obras - mas também aquele velho dilema do condutor matogrossensse, estradas em decadência total, quase um filme trash de horror japonês. E não é exagero, mesmo com o cinto de segurança as crateras os buracos no asfalto fazia-nos pular feito mulas dentro da cabine do caminhão.
Já para a gerente de um restaurante próximo a Rondonópolis o problema é outro, com o atraso nas estradas grande parte dos viajantes prefere almoçar antes de chegar à cidade. "Diminuiu bastante o movimento de viajantes, em compensação quando a obra é aqui na frente os operários almoçam por aqui mesmo, é um 'sobe e desce' no movimento".
Mas a pergunta que não quer calar: e a Copa? Sai mesmo em 2014 ou vamos adiar para 2018? Dessa novela eu já conheço os próximos capítulos.
Ilustração daqui
quinta-feira, 2 de junho de 2011
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