QUILOMBOLAS E AGROVILA SE REÚNEM EM FEIRA EM SANTA RITA

  Toda semana de quarta a sábado em Santa Rita do Araguaia – GO os feirantes da agrovila se reúnem na Feira Municipal Aprígio Pereira Magalhães para atender a população dos municípios de Alto Araguaia – MT e Santa Rita – GO.

Foto: Flau Papi

   A prefeitura que recentemente construiu para os feirantes o espaço coberto e fechado também aluga o ônibus para buscá-los e levá-los de volta todos os dias da feira até a Agrovila. Também foram doados uniformes para os feirantes.

  Dona Maria Dias Gomes (55) veio ajudar uma amiga, Dona Laurinda, dona da barraca de doces, verduras e legumes que trabalha há mais de 8 anos como feirante em Santa Rita. Dona Laurinda cultiva os alimentos da horta em sua própria casa junto com seus filhos.

D. Maria da Conceição em sua barraca com a família

  Os feirantes pagam R$20 por mês fora o alvará como um aluguel do espaço que utilizam para a feira. Além disso são necessários alguns documentos para vender certos tipos de produtos como, por exemplo, o frango caipira que antes poderia ser comercializado até mesmo vivo, mas agora quem quiser vender o produto precisa contratar um abatedor, ter o selo autorizado pela vigilância sanitária e retirar os documentos na Prefeitura Municipal.

  Por causa disso muitos feirantes acabaram com as criações e começaram as hortas. Dona Maria da Conceição é um dos inúmeros exemplos disso, acabou com as criações de porcos e galinhas e passou a cultivar legumes e produzir queijo e farinha, que são os alimentos que mais vendem ali, segundo ela.

  Dona Maria da Conceição trabalha junto com o marido Altino de Oliveira e trás até mesmo a filha pequena de 4 anos, Maria Fernanda. A família acorda ás 5 da manha, quando dona Maria e Sr. Altino vão para horta colher os alimentos frescos. Atravessam 65 km até a cidade de Santa Rita no ônibus locado pela prefeitura onde vêm os feirantes e os alimentos, todos juntos.

Foto: Flau Papi

  “Sábado é o melhor dia. Não faço idéia de quanto que ganho, mas com 04 sábados já dá pra tirar um (salário) mínimo. A gente vive só desse dinheiro da feira” conta dona Maria.